terça-feira, 9 de outubro de 2007

Ventania

Ventania

Por Jose Nunes BrasQimn

Vozes soam ritmando um prisma

Cante senhorita do sul

Cante a mais bela canção para não sentir mais frio

Deixe-me seduzido

Deixe-me com sede

‘Sereie’ as nuvens nesta noite sem estrelas

Vozes presas em paredes de gelo

Menina não brinque com o vento

Cante senhorita do norte

Cante a mais bela ao luar

Cante a solidão

‘Sereie’ os corpos desnudos da escuridão


segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Naruto

Fãs de Dragon Ball e de outros animes, devem estar familiarizados com a saga do ninja laranja Uzumaki Naruto, um dos desenhos animados de maior longevidade da história do Japão. Como é de prática, a série animada é baseada em um mangá de grande sucesso no país. Criado por Masashi Kishimoto em 1999, ele conta a história de um garoto solitário, que descobre nos colegas de treinos – Sakura Harumo, garota na qual o coadjuvante tem uma quedinha e Uchiha Sasuke, jovem com sede de vingança – uma grande amizade.

A história explora com sucesso fatos do cotidiano do mundo real, como política e economia. Existe uma grande preocupação do autor em dar mobilidade no universo por inteiro, tanto que muitas vezes o foco principal é trocado para conflitos de países culturalmente diferentes. Também entra em discurso temas como família, amizade, amor, ódio, traição, preconceito e vingança. Naruto é uma saga irreverente, mas muito adulta, possui traços infantis e um tanto cartunizados, principalmente nas temporadas correspondentes a faze de aprendizagem de Uzumaki – o que não tira o brilho do mangá e do enredo.



A Raposa de nove caudas

O autor inicia a história falando de uma criatura mística de grande poder – a Kyuubi uma gigante raposa de nove caudas sedenta por destruição. Um fenômeno natural inevitável, que ataca a Vila da Folha - Konoha. O quarto Hokage (líder daquele país e ninja mais poderoso) se sacrifica usando uma técnica proibida, que invoca o deus da morte. O demônio então é selado no corpo de um bebê, já que faz transparecer que a criatura é um ser imortal, portanto não poderia ser morta. Porém o resultado não foi muito benéfico para a vila, muitos morreram e outros tiveram suas vidas destruídas.

Uzumaki Naruto era a criança que teve selado o pavoroso demônio, por causa disto cresceu sobre o preconceito dos outros da vila, sendo sempre motivo de falatórios e esnobação. Solitário Naruto tenta chamar atenção fazendo travessuras, mas sem muito sucesso, geralmente se torna motivo de risos, com um sorriso falso esconde a tristeza. Tem como grande amigo, tutor e alvo de suas travessuras, o professor do primário Iruka Umino.


A narrativa na primeira temporada é leve e fraca, e só ganha força na segunda temporada com o aparecimento de dois personagens importantes – Gaara, jovem do país da Areia possuído por um Ichibi (demônio de uma cauda), e Orochimaru, um dos três ninjas lendários. O último destaca-se por ser o vilão da saga que infortunara a vida de Uchiha Sasuke. Ele tem o desejo de se apossar do poder que apenas o clã de Sasuke possui – o Sharingan – uma habilidade que se encontra na retina capaz de copiar qualquer jutsu, além de possibilitar a aplicação de flagelos psíquicos.

Ao longo da série Naruto e seus amigos irão desenvolver os seus poderes. O anime agora se encontra na fase Shippuuden ou crônicas do furacão, mostra os personagens três anos mais velhos, é também a temporada que revelara segredos da história e novos inimigos, entre eles estão a Akatsuki – uma organização de ninjas poderosos interessada no poder dos Bijuus (Demônios com caudas selados nos Jinchuurikis – hospedeiros ninjas), para dominar os outros países.

Naruto é um anime de altos e baixos, mas que em sua proporção agrada um público carente de ação. Possui uma história interessante, com personagens, que facilmente poderiam fazer parte da mitologia humana como ocorreu com os vampiros e lobisomens – créditos especiais ao clã Uchiha e seu incrível Sharingan. A criação de Kishimoto pode ser encontrada facilmente em sites da web especializados em animações. Eles disponibilizam downloads e traduções quase que em simultâneo com a exibição japonesa.



Abaixo alguns links de sites do anime e mangá


www.naruto.com.br – Exibe episódios e informações especiais sobre os personagens. Em português brasileiro.

www.narutoproject.com.br – Exibe episódios, games e informações especiais sobre os personagens. Em português brasileiro.

www.redeunlimited.com – Exibe episódios de Naruto e de outros animes. Em português brasileiro.

www.animeshade.com – Exibe episódios de Naruto e de outros animes. Em português brasileiro.

www.naruto.com – Site Oficial – em japonês.

www.narutofan.com – Site com episódios do anime e mangás para download: É preciso se cadastrar – Em inglês.

www.kousen.com.br – Ótimo site especializado na tradução de mangás. Em português brasileiro

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Branco e Preto


Por José Nunes Brasquim
Yin Yang - O equilíbrio apresentado como espíritos - foto retirada do sitio (
www.sallymaxwellsart.com)


Atenção este artigo é uma teoria sobre comportamento social de autoria do idealizador deste blog, qualquer reprodução de texto ou conteúdo deve-se constar o nome e propriedade intelectual - a responsabilidade de interpretação é apenas do leitor.

Uma estrela ilumina um palco de multidões – todos escutam sua linda voz em espasmos e excitação. O artista deveria estar feliz, mas não, ele é só mais um ponto luminoso no topo de uma grande cadeia. Aqueles embaixo fissurados, são fãs enfeitiçados, por um tipo de vício nebuloso e prazeroso.

Quando duas faces, uma brilhante e outra escura se encontram a face mais clara ativa um mecanismo, que muitos chamam de atração – sina igual à de insetos seguindo a luz forte de uma lâmpada de 100 watts, um ato sucedo de suicídio. A atração é um caminho lúcido do desejo, mas não deixa a ser um conjunto de instintos de difícil controle.

A música e a arte em geral é um braço de um instinto lógico pertencente ao indivíduo que faz dela existir, o outro é o indivíduo que recebe parte deste instinto – uma troca de ego. Essa efetivação ocorre devido à falta de atributos especificamente semelhantes, ou seja, um enfermo precisa da habilidade do médico assim como a verdade precisa da mentira e a loucura da sanidade.

Somos algozes de um sistema de complementação e equilíbrio. É uma fonte normal instintiva da vida. Ela busca de alguma forma equilibrar as coisas. Um cego pode ter uma audição ou uma condição de tato melhor do que uma pessoa sem deficiência visual – o equilíbrio é um ponto certo, mas não unânime já que existe um paradoxo exatamente na lei da atração: onde há equilíbrio existe desequilíbrio, uma razão muito usada na questão tempo e espaço.

Desequilíbrio

Coloque três pessoas de diferentes habilidades numa ilha deserta: um artista plástico, uma vocal (cantora), e um diretor de uma grande empresa de comunicação – o objetivo seria avaliar o comportamento e quão as necessidades afetam o convívio social. Independente do desespero de ambos e sendo posto que seja um teste de egos – chega-se a conclusão que o diretor (empresário) pensaria em optar por uma das habilidades, isso se convier com o interesse da empresa.

A necessidade impere em uma disputa vão pela sobrevivência. A cantora canta por ser a única coisa que sabe fazer, o artista plástico vislumbrado com a essência paradisíaca do local desenha na planta de areia, o diretor tenta resolver problemas dando ordens aos dois, pois assim faz no seu ambiente de trabalho. Atividades distintas, mas que relativamente não ajudariam em nada numa ilha deserta.

O ser humano sabendo de suas limitações criou uma alternativa de tentar desviar dos problemas. Nós chamamos isso na forma verbal de planejar. Quando o homem começou a planejar antes de usar suas habilidades, muitas dificuldades foram resolvidas: A carne que antes apodrecia causando doenças teve seu processo de putrefação retardado inicialmente por uma especiaria (o sal), mas tarde o resfriamento através de tecnologia tornava essa arte rudimentar, no esporte o plano ganha um novo nome - tática - o objetivo é o sucesso e a derrota.

Não são todos os seres humanos que conseguem executar o planejamento de sua arte. Eles necessitam que outros se apropriem delas – parasitas – para aperfeiçoar a habilidade. A estrela – o ídolo é o conjunto desse aprimoramento. O individuo reflete a aura com maior força sobre uma platéia ou uma multidão de telespectadores incapacitados de mesma disciplina.

A atração é necessária para complementar o que o individuo não possui – em uma ilha deserta, porém a aura menor não atinge os três ali isolados, uma crise de egos ocorre e posteriormente o instinto sexual também. O humano precisa absorver o maior número de habilidades possíveis de diferentes indivíduos, se isso não ocorre, instintos animalescos surgem e toda estética e ética são esquecidas para dar lugar há um conjunto de fatores, entre eles a agressividade.

Dois homens numa ilha deserta e uma cantora – a atração não permite dois vencedores, mas o bom senso é um cônjuge do ser humano quando racional – com a ética social praticamente morta a competição toma início. A habilidade ali não tem o efeito de uma grande massa e o instinto não pensa em dividir em pedaços a fêmea.

Suponhamos que apenas a mulher encontra-se sã de suas capacidades estéticas e éticas. Ela buscaria um jeito de fugir dos dois homens? Talvez. Mas a mulher é subserviente da vaidade, o que já é um instinto. Em uma ilha deserta há muitos meses, em completo isolamento seria um animal assim como qualquer homem com sede de sexo. A atração torna-se então uma linha irracional e selvagem.

Emoções

O homem planeja e mesmo assim é passível de erros – o sentimento e a própria razão acaba por muitas vezes interferir em uma situação de extrema concentração – a consciências dos atos é o retrato da habilidade de ser humano. Quando três pessoas distintas têm esta removida o lado considerado racional se extingue e assim como um escritor trabalha um novo mundo, o novo mundo trabalha o pintor, a vocal e o diretor – em uma ilha deserta a vida é uma piada.

A estrela está morta, seu público ama agora outra e assim outra. A cadeia continua e a idéia de um príncipe por trás das ações, não é vista de agrado. A lei da atração funciona ao grau de otimismo que o tempo resiste. O ser humano é muito passível de pessimismo, essa é a realidade do instinto. A jovem vocal foi estuprada, o artista morto, o diretor saciado o seu desejo – e coberto por uma fração da energia dos outros dois tem sua mente abalada por remorsos de algo sem concerto.

O público continua eufórico, pois existem dezenas de estrelas no céu alimentando o ar vampiresco – e como parasitas, gritam os nomes delas, e festejam o poder que os outros têm sobre eles. O homem é um produto de seu próprio produto, ele vende a si e sua fêmea, e educa sua cria para ser vendida. É um planejamento básico da espécie humana. O diretor tenta de alguma maneira consolar a vocal, mas o medo atribuído a cena já sabe a resposta da mulher. A indiferença é uma força obstina de atração e instintos, a reação sempre é involuntária a razão e o poder um cumprimento da dor.


quinta-feira, 2 de agosto de 2007

20 anos de Metal Gear Solid

Solid Snake velho - Metal Gear Solid 4: Guns Of The Patriots. Foto retirada do sitio IGN

Criado há 20 anos por Hideo Kojima, Metal Gear Solid, é uma série que simula espionagem e ficção científica, um grande sucesso da Konami que mudou a forma com era feitos os jogos eletrônicos e impulsionou o sucesso do primeiro console da Sony. Com sutileza e gráficos simples para época, Kojima aproveitou-se das limitações do MSX2 (popular computador dos anos 80) e com grandes idéias converteu ao mundo personagens misteriosos, mas sobre tudo soube trabalhar o confuso mundo militar tornando divertido arte de espiar escondido.

Conflito frio - I

Nos anos 80 o mundo ainda vivia sobre o cerco de duas grandes potências, de um lado tínhamos a forte economia de consumo e capital os Estados Unidos, do outro estava a União Soviética já sofrendo o enfarto de crises alcançadas com o socialismo. A guerra fria era justamente a disputa muda entre capitalismo e socialismo. Os jogos eletrônicos começavam a despontar como brinquedo de criança.

O rock poderoso dos anos 70 sofria uma perda significativa de qualidade. O Led Zeppelin acabava junto com os gritos histéricos de Robert Plant e a bateria lunática e perfeita de John Bonham. O rap levantava-se popularmente entre a cultura negra, e um novo notável brilhava nos estandes de lojas dos Estados Unidos e Japão. Mário foi à locomotiva que consumou o mercado dos vídeos jogos e colocou a Nintendo no poder por 10 anos até a chegada do Playstation nos anos 90.

Metal Gear e Playstation são uma longa história de amor, mas não de fidelidade. O console da japonesa Sony era um tipo de projeto de risco, pois entrava em um mercado totalmente dominado por outras duas empresas – Sega e Nintendo. Porém, a Sony tinha uma carta na manga: seu console conseguira reproduzir o 3D com exatidão, inaugurando uma nova forma de se fazer jogos. O sucesso atingiu o público adulto ainda modesto, que se apaixonara pelos modelos bem próximos do real.

A política dos jogos também ganhava mais vigor na violência e na qualidade de suas histórias. Tava na cara que o produto se tornara lucrativo devido ao consumo de um público mais maduro. Metal Gear Solid quando foi lançado mostrava uma atmosfera cinematográfica. Você controlava um personagem sobre um ambiente tridimensional, mais não destruía cubos ou puxava caixas. O seu personagem tentava ofuscar-se de câmeras, pegadas deixadas na neve: e tinha um roteiro digno de filme hollywoodiano. O desafio era inteligente o que ocasionou uma popularidade do título, que migrou também para os PCs. Ele ainda recebeu uma nova versão para Game Cube, aproveitando-se do poder do console.

Ficção - II

O universo renderizado pelo computador assumiu uma nova possibilidade de interação com os jogadores: a guerra fria já havia terminado, mas uma nova guerra agora seria montada. Sun Tsun mostrava a barganha do poder para o mundo empresarial. A genética ganhava avanços importantes, e uma ovelha que mais tarde inspirou o nome de um refrigerante cicatrizava a palavra clone na ciência médica e provocava polêmica mundo afora.

Na ficção de Kojima o termo clone e supersoldado é tratado naturalmente como um avanço bélico assediado por terroristas, militares e corporações. Na realidade muito se falta para se produzir algo parecido como Snake e seus irmãos de genes, ou até mesmo o 'metal gear', mas nada é considerado impossível em se tratando de humanidade. Não existe uma razão para crer que militares tenham projetos secretos no desenvolvimento de super-humanos, é também lógico dizer que não há nada provando o contrário.

A série de Kojima explora o conflito de interesses entre partes governistas que buscam uma arma definitiva para o controle tático do mundo. É claro que o jogo atinge o conceito diversão e naturalmente uma condição de produto de consumo. Mas existe muitas dúvidas sobre o que os governos fazem em suas instalações secretas o que põe muito a imaginar na existências de projetos de super-humanos e máquinas letais de destruição em massa.

Esboço do monstro bípede (Metal Gear Ray)


Metal Gear Ray - finalizado ( Metal Gear Solid 2 : Sons Of Liberty)

O quarto jogo - III

Uma das grandes sacadas do jogo durante esses 20 anos de existência é o monstro bípede conhecido por Metal Gear, uma incrível arma de destruição capaz se mover em diversos tipos de terrenos. Do modelo primário para o mais recente título Metal Gear Solid 2, notou-se uma mudança significativa na arquitetura do transporte bélico. O designer optou pela aparência mais animalesca, oscilando entre um lagarto paleozóico e um humanóide, além de asas que assemelham-se a de um besouro.

No quarto game da série o produtor envelheceu o personagem dando a ele e ao universo do jogo características decadentes, no que se parece em uma guerra futurista. Os monstros bípedes possuem membros artificiais coberto de tecidos vivos - em um dos vídeos as criaturas são feridas por Raiden (personagem polêmico do segundo jogo para ps2) e fluidos que aparentam ser glóbulos vermelhos escoam de suas pernas e outras partes como por exemplo o tronco - algo já utilizado em séries animadas como ZOE e o 8º Homem - ambas japonesas.

Metal Gear Solid 4 também vai marcar mudanças na jogabilidade da série. Em um vídeo liberado há pouco tempo. O personagem mostra interação com o cenário que será destrutível, uma nova visão para mira, camuflagem inteligente de acordo com o tipo de terreno, possibilidade de se mover enquanto está mirando em primeira pessoa, novos movimentos furtivos, como atirar deitado de costas para o solo e rolar para o lado quando necessário. Detalhe notado é a adoção do controle total da câmera famoso em jogos estadunidenses.

Ainda existem muitas especulações sobre o conteúdo do jogo e sua plataforma de lançamento. A Konami por hora afirma um lançamento para Playstation 3, mas não nega uma possível versão para Xbox 360. Metal Gear Solid 4: Guns Of The Patriots está previsto para o ano que vem e tem tudo para ser o grande sucesso de vendas que a Sony precisa para voltar a ter a confiança do mercado. Também está em planos de produção uma película baseada no mundo de Metal Gear Solid e um jogo totalmente on-line.

Ela falou o meu nome

Em uma noite ela falou o meu nome. Tinha tanta coisa que nem me passou onde estávamos: ainda com certo sono a interrompi com um sopro na orelha. Ela sorriu e me beijou.

Dancei com ela até musica acabar. Finalmente cansado me pus a tocá-la, comecei gentilmente a acariciar seu rosto – realmente era muito linda, tinha um pouco de sardas na região do nariz, tinha um gracioso sinal entre o acervo dos lábios e o queixo. Aquilo me deixava louco – tudo isso pra mim – pensava em constante excitação.

A música recomeça, mas a impeço de partir – encosto meus lábios e de encontro ao dela lhe roubo um delicioso beijo. O sonho termina quando o instante terno calor da sala empoeira-se no meio de nada. Onde está a linda jovem que acalentava a minha presença? Não estava mais. Nada estava: por um instante me dei conta de que estava encima de jornais. Velozmente peguei o que pisava e na primeira página do diário vi um rosto que refletia no chão encerado com os seguintes dizeres, “Encontrado corpo de jovem casal em casarão abandonado”.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Divina comédia latina

Imaginar um brasileiro sem sua novela de cada dia é o mesmo que imaginar um mundo sem estrelas para olhar. Mas ai é que tá! Veja bem a situação de minha vida. Odeio novelas, na verdade fico esperando um fim definitivo destas produções chatas, que nossa televisão insiste e nos obriga a assistir.

O ponto é que minha madre é uma excêntrica apaixonada por novelas latinas. Aquelas malditas novelas onde a cinderela siliconada tem ávido desejo sexual por um galã não tão bonito e de grande dote – o príncipe do carrão importado. O gosto discutível dela, talvez por pouca instrução escolar – não sei explicar. Obriga-me nestas férias a ver coisas danosas a mente.

Agora fico pensando, será realmente minha mãe que não tem bom gosto ou eu um asno sego. É verdade, produções de baixo orçamento tende por costume histórico a surpreender pela qualidade e enredo.

As novelas factualmente introduzem um gosto divertido e cômico sobre a realidade latino-americana: elas colocam um carinha rico, letrado em algum curso superior, às vezes de cá, às vezes do exterior: Nos dois o sujeito é rico e bem galante. A ‘galoa’ – digo a mocinha, aquela mulher meiga, virgem, pobre que todo homem quer comer.

Eles mostram uma classe média abastada, e o pobre bem: Acho que nas novelas globais eles não existem. São indivíduos com baixa audiência, mas a dramaturgia mexicana consegue enfiar o miserável de seu país em alguma retranca explorando um pouco do drama do povão.

O problema é que no México como no Brasil, os atores são visualmente europeus. Onde estão os mestiços? Eu quero ver o brasileiro, a mulata suada após um dia de trabalho numa casa de família. Quero ver o dia a dia da classe D e E, a classe rica eu já vi demais. Não é a minha realidade, mas é ai que tá. As séries norte-americanas também não são? E mesmo assim me prendo a assistir. Afinal meu gosto é duvidoso.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

O que fazer?

Há algum tempo minha atenção mudou da música pop estabelecida, pela sempre boa viagem psicodélica do Pink Floyd, do rock tocado em rádios - para novos estilos do mundo. Durante um período que costumo chamar de 'luto', devido a morte de meu amado pai, as únicas coisas que acabavam a me motivar, eram os poemas em verso de choro gótico, filmes obscuros e Nick Cave. Dá música eu extrai o gosto para sonhar um tempo distante da luz, e criar novos mundos e fantasmas para me acompanhar.

Naquele tempo embora ainda estudasse, não tinha como vocação o sonho das letras, na verdade me perdia com revistas de mulher pelada e com o afego de garotas mais velhas. Não sabia ao certo o que decidir da minha vida, se por um lado alimentava uma vontade iminente para ser médico, outra vezes me via como um jornalista, mas sabe - até professor pensei que seria.

No final das contas segui o caminho da pena, faço jornalismo e escrevo um blog quando acho saco para o não fazer.

domingo, 29 de julho de 2007

Teoria do caos

Foto retirada do sitio (www.vietnammemorial.com)

Por: José Nunes (Braskinm)

Aquele que comanda o rumo da escrita comanda o céu e o inferno. Adorante o antigo livro da criação o povo desfez sua ignorância aos mistérios do universo e do próprio corpo. Rompeu o pavio cerrado entre o dote dado pelos deuses, e descrente de tanta razão tomou para si o saber divino.

O homem trotou a si com desconfiança, e brandiu de armas o ceifador de vidas. Com tudo isso não é palpável de ignorância, já que a guerra é um caminho intuitivo para sua própria evolução. Veja o caso remoto de impérios que se foram, mas em seus dias de glórias criaram virtudes técnicas, que fazem deles um relato histórico. As suas armas, arquiteturas antigas de ambição e de feitos depravados.

Navios foram alçados sobre um solo antes dos peixes e mais de uma vez chamando o nome de Ares e invocando a percepção de Hades. A guerra tornou-se o único caminho digno que o homem seguiu. A própria escrita por mais adiantada que foste, e por mais importante não conseguiu adentrar-se no meio das batalhas como um remédio, por contrário, serviu mais como uma arma doente disseminadora.

No ventre vertiginoso da razão o soldado é visto como uma ferramenta do caos, mas o caos é uma ferramenta do soldado. O estupro e o fetiche brutal são um paradoxo com a paz. Como não lutar e ainda assim ser humano? Como esquecer um filme onde a ação está nos corpos e nas fagulhas que só Deus poderia criar? São questões tão estranhas, mas objetos de um desejo natural, que não pode ser contido.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

As mãos de um assassino

A chuva reboa em movimentos ásperos sobre a matriz de uma escola. As raízes da filosofia são passadas em alto e bom som a uma sala de 40 alunos. Lá fora os passos desenfreados de pessoas fugindo da água. Os portões fechados não evitam os primeiros tiros. A gota que cai de uma pequena fenda mistura-se com o rastro de sangue no chão. Um garoto coloca a ponta de um rifle em sua boca, o disparo certeiro derruba o último corpo de um massacre.

Embora essa história seja fictícia, ela já aconteceu algumas vezes, em outro cenário e com pessoas diferentes. No dia 16 de Abril de 2007, o jovem sul-coreano, Cho Seung-Hui, entrou na Universidade de Virginia Tech, nos Estados Unidos, atirando contra seus colegas e matando 32 pessoas. Em depoimento em um vídeo gravado, o estudante acusava a sociedade pelos seus atos.

Cho aparentava apresentar um sintoma psicótico, ou transtorno de personalidade anti-social. O indivíduo que sofre de sintomas psicopatológicos, demonstra desprezo por normas sociais e é indiferente aos direitos e sentimentos de outros indivíduos. A psicopatia é um problema mental mais grave. O sujeito psicopata se mantém a par da realidade, mas carece de superego que imprima vontades contrárias ao seu subconsciente. Isso o torna suscetível a cometer crimes de extrema crueldade.

O psicopata pode apresentar estímulos prazerosos para cometer assassinatos em séries. Geralmente ele é uma pessoa comum inteligente, mas não possui sentimentos afetuosos, condensa a vítima a mutilações e humilhações as vezes decorrida de estupro. O criminoso segue um padrão comum em seus assassinatos - um tipo de jogo para alimentar sua fantasia e crueldade, podendo dar muito trabalho para ser localizado pela polícia já que muitas vezes é cuidadoso em cada ação de seu crime.

Mas o que leva um individuo a sentir total desgosto para com a vida alheia? Qual seria o real significado em ver o sofrimento e de subjugar um outro semelhante? Provavelmente o ser humano sente em seu longo plano de existência uma necessidade de matar. Conte-se pelo insano número de vitimas na II Guerra mundial e em outros conflitos históricos. Não é necessário ser perturbado para cometer tais crimes, embora a ciência sempre coloca a loucura abandonado qualquer chance de sanidade no indivíduo aceito de crimes cruéis.

É evidente que qualquer situação adversa com a realidade de um indivíduo considerado normal, é vista como um anormalidade diante da sociedade. O que prova que podemos ser ignorantes num meio, e inteligentes em outro meio. Esse artigo não ofende a categoria médica, que não se prende a questões dogmáticas, na realidade sempre busca resposta para o desequilíbrio emocional e certas perturbações da realidade humana. Mas será que uma enfermidade por mais grave que seja justifica um crime, aponto do sujeito ser considerado sem total responsabilidade de seus atos, portanto de responsabilidade psiquiátrica não sujeita a pena movida por lei para prisioneiro normais?



O material de estudo pode ser pesquisado nos livros: ‘Borderline’ de Mauro Hegenberg (português), Borderline and Beyond de Laura, Paxton, e Handbook of Psychopathy de Christopher J. Patrick (ambos em inglês), ou no sitio da Wikipédia.

Louco mistério

A fantasia carnal move um homem para a beira de um precipício. A mente se mostra inconstante, ela segue seu próprio conceito. O superego é o controle do cérebro humano que mantém estável o inconsciente e o desejo muitas vezes mórbido. Essa teoria desenvolvida por Freud, médico neurologista, principal criador da psicanálise, tenta descrever o estado de puro descontrole humano.

O assassino serial como comentado no título acima, é um dos vários indivíduos com problemas mentais que atingem o consciente e o inconsciente, o diagnostico na maioria dos casos ‘ é insanidade’. Durante anos a loucura foi tratada com terapia de choque. Os Médicos buscavam com isso afetar o cérebro para diminuir o estado do paciente.

Nos dias de hoje com o advento tecnológico, os cientistas descobriram que o cérebro é muito mais complicado, que qualquer outra parte do corpo humano, porém houve avanços importantes no pensamento científico. O juízo humano se encontra entre os mistérios da existência: Quando falamos em perda de sanidade, relatamos um descontrole, esse pode ser emocional ou característico de um mau desenvolvimento do cérebro. Na verdade a causa, por muitas vezes é teórica. A mente é um derivado de Deus, e por isso um mistério.



Padronizando

O grande dia da minha vida foi quando meu pai resolveu comprar um vídeo cassete, era o melhor da época, tinha exatas 8 cabeças. Neste dia começaria um ritual, claro, hoje o meu vídeo está quebrado e assisto aos meus filmes num Vídeo DVD. Naquele tempo como nesse, existiam filmes bons e filmes ruins, e o primeiro grande filme que assisti em vídeo foi Batman Forever, aquele em que você se divertia em ver o Charada e colocava em dúvida a verdadeira sexualidade do homem-morcego e do mais que comentado Robin.


Bem, o meu segundo filme foi 'O parque dos dinossauros': Nossa e como foi legal – podia ver como o mundo estava mudando, e como aquele antigo seriado da (TVS), atual (SBT) , 'O mundo perdido' era tosco. Não! Eu não odeio o passado ou os filmes clássicos, ainda sinto calafrios quando assisto filmes antigos como 'O poderoso chefão' e 'O vento levou' – sim é um grande filme, mesmo com a atuações meia boca.


Voltando para o presente, filmes como o do Batman e Superman se mostraram ultrapassados em conceitos atuais, é uma atitude social relevante com o advento dos efeitos visuais. E com a introdução de personagens japoneses. Até mesmo os filmes de luta dos Estados Unidos perderam adeptos no mundo devido ao forte produto oriental de Hong Kong e agora das competentes produções sul-coreanas.


O complemento digital e o forte consumo globalizado estenderam uma nova evolução na indústria cinematográfica que veio ganhando força nos final do século XX. A arenosa construção de informação da sétima arte, sempre foi uma máquina cultural de poder alienante dos EUA. O maior produto dessa cultura, porém, afetava também os cidadãos estadunidenses. O mundo via o mundo como num espetáculo de luzes e fantasia, e imaginava-se num voou rasante sobre o ar como o super homem.


Nesse tempo outras culturas aprendiam a criar seus próprios espetáculos, e adaptavam o poder dos super-heróis escarlates aos seus costumes. Os cintos de utilidades eram substituídos por jeitos mais técnicos e reais. A indústria latino-americana sobrevivia com sua dramaturgia, que embora de aparência fácil e pobre, é de ótima qualidade e apreciada sobre o globo. O Japão talvez o mais afetado de todas as outras culturas orientais, conseguiu compor uma indústria cultural tão poderosa quanto os EUA. Sua futilidade e capacidade educacional esbanjou um milagre condicionalmente só repetido pelos europeus.


O produto japonês hoje é apreciado pela sua qualidade, mais isso se estende para seu material literário ainda desconhecido da grande maioria brasileira, que se diverte com seus animês (palavra de origem latina que modernizou-se e penetrou na língua de diversas culturas inclusive no português – notaram o acento?) e o mangá. O grande salto foi com a obra de Katsuhiro Otomo, Akira, e belas animações de Hayao Miyazaki.


O que estou tentando dizer é sobre a padronização cultural, um exemplo disso , não falando do fordismo, mas sim da indústria cultural, peguemos Matrix, aqueles golpes de kung fu e o estilo animação japonesa, e drama de ficção ocidental. Veja como produto está globalizado, se japoneses, brasileiros, chineses sempre viram o mundo segundo uma única armação de bambu. E conseguiram adaptá-la ao seu meio cultural, os estadunidenses fizeram o mesmo.


Se no confuso meio que move a informação a cada dez notícias que são produzidas no mundo, oito são dos Estados Unidos, aquele pequeno número de informações acaba chegando no mundinho deles, e se por algum motivo estiver bem a frente, acaba sendo incorporada a eles, se a cada dez noticias publicadas no mundo, oito são dos Estados Unidos, esse grande número de noticias atinge como uma câncer a cabeça dos jovens, mas aquelas duas míseras notícias funcionam como o equilíbrio dependendo do grau de sua consistência e repercussão.

O mundo assim como o vídeo cassete envelhece, mas assim como o DVD ele se renova, não igual, diferente, com novas pessoas, novos estímulos, culturas evoluindo e retraindo, impérios antes poderosos, enfraquecendo. Agora e sempre, como ontem ou como o amanhã esperando uma nova mudança digital, um novo mundo para um já cansado velho mundo.

Quando Morremos

Foto retirada do sitio www.atpm.com

por: José Nunes (Braskinm)

Quando morremos não sentimos paz, não sentimos medo, dor ou saudade.


Quando morremos nem a escuridão vemos, não respiramo o aroma dos campos, não nos drogamos com a alegria de nossos filhos.

Quando morremos não provamos a sensação do desejo, não nos subordinamos ao amor, ou mesmo, tendo em vista o calor do afeto.


Quando morremos nem o gosto frio da terra, que nos cobriram sentimos, nem o leito pútrido ao lado encarniçado de odor, nem o doce perfume de nossas esposas e esposos sentimos.


Quando morremos pouco contamos, pouco sabemos, pouco acreditamos, pouco choramos palavras dogmáticas extraídas de um livro.

Quando morremos somos a dor, o frio, o alento, alivio e o flagelo de quem nos ama sem ser amado.


segunda-feira, 23 de julho de 2007

Necessidades

Pouca pessoas sabem, mas existe um prazer maior que fazer sexo e ele se chama trabalho. Acreditem ele abre portas, principalmente em relacionamentos que buscam o sexo. Não estou colocando isso como uma necessidade obrigatório para se ter um verdadeiro relacionamento servido de amor, na realidade estou apenas explicando um fato . Um homem não consegue uma mulher sem um emprego, pois as mulheres tendem a segurança.

Exemplo. Imagine uma mulher solteira, sentimentalmente estável. Ela tem uma preocupação de como será o parceiro, se ele é fiel, se tem algum estudo, se tem um recurso que cumpra com suas necessidades. O amor na verdade é exposto de lado, já que aquele papo de primeira vista é apenas conto de fadas. A mulher gentilmente foge da paixão desagradável, e um homem desempregado é mais um problema que pode ser evitado.

Esse é um ponto que nós chamamos de processo seletivo, outros menos abertos para o mundo chamam de "garotas interesseiras", o que o torna um grande equivoco. Pense você um homem no outro lado do muro. Será que você preferiria um partido econômicamente inviável? Arriscaria ter uma vida sem conforto, mas com aquele amor, que sempre pensou e imaginou em sonhos? Provavelmente não. Existe hoje e sempre uma necessidade fiscal para qualquer indivíduo ocidental.

Então o que é o amor? O amor é uma grande mentira que inventamos para ligar o afeto ao sexo. E todo o afeto é familiar ao grau de amizade que você tem a um indivíduo. Portanto o motivo de uma homem normal segundo a ética não comer sua irmã gostosa ou de ter sonhos eróticos com sua tia, é totalmente alienante ao tabu que a sociedade criou sobre o assunto. E isso é uma questão totalmente cultural.

O incesto ou qualquer outro fetiche é o denominante de que o amor é uma condição afetiva, mas que tem em sua forma mista o desejo a tara como principal locomotiva. Tá e dai? O que isso tem a haver com trabalho e amor? O trabalho é uma das pontes, que o homem precisa para chamar a atenção da fêmea e realizar sua necessidade de procriar, já que não é possível controlar o instinto sexual. O fetiche é um distúrbio irresistível de contra ética que o indivíduo involuntariamente associa ao instinto sexual.

Portanto o ser humano por ser um animal racional tenta através de leis e na criação de religiões e tabus éticos romper com necessidades que possam prejudicar sua moral e costumes. O trabalho é o pensamento ocidental que mostra o status do indivíduo. Detalhe a mulher tornou graças ao fato de ser o sexo dominante na relação a vaidade como arma de subjugar a tara do homem, e isso não é tudo, elas são seletivas, são elas que escolhem o seu parceiro de procriação, o homem apenas ritualiza a conquista, e a faixa social mantém preza na 'fidelidade' a vida conjugal.








sábado, 14 de julho de 2007

Killzone 2

Uma batalha foi perdida...


Finalmente saiu o novo trailer do aguardadíssimo e polêmico Killzone 2. O título inicialmente lançado no PS2, tinha a missão de ser um concorrente a altura de Halo, jogo de maior sucesso da rival Microsoft. Apelidado pela imprensa internacional como o Halo-Killer, o game da produtora holandesa Guerrilha, chegou, mas não agradou, principalmente pelo visual que era o que mais prometia, havia muito serrilhados nos gráficos e lentidão nas cenas de ação.

O jogo também pecava na construção dos personagens, embora bem animados, eles apresentavam muitos erros de programação, principalmente quando morriam – perdiam em detalhes e as vezes, se não dizer sempre atravessavam a construção sólida do cenário como fantasmas. Para piorar a inteligência artificial dos personagens ficavam muito aquém de games como Metal Gear Solid (Konami) e Black (Electronic Arts), mas o excesso de inimigos permiti um desafio agradavel para o jogador.


Killzone tem uma parte sonora muito boa, som de tiros, carregamento de armas e o ricocheteio de tiroteios na água são bem realistas. A trilha sonora, embora boa, deve pela limitação que a torna repetitiva, as explosões de bombas também estão legais, mas as animações não ajudam muito. Pois é, o jogo não justifica tanto alarme, mas não é tão ruim, e se destaca entre os melhores de um gênero bem limitado para PS2.



...Mas a guerra continua


Muito se falou da entrada da Microsoft num mercado dominado até então por empresas japonesas, na verdade existia uma certa dúvida sobre as reais intenções da corporação estadunidense e sobre a qualidade dos games, cogitou-se até aparência com os jogos de PC, e o carro chefe da empresa Halo gerava boatos de que poderia ser um FPS com jogabilidade de computador.

Os boatos morreram e o console da Microsoft teve um relativo sucesso terminado a geração passada como segunda colocada em número de vendas entre consoles. Halo foi o campeão de venda imprensa, mas não pelos gráficos que já levava um pau de outros jogos lançados para computador, e sim por sua jogabilidade centrada na diversão e inovação.


O 360, e a distância entre a gigante janela está invertida, a empresa de Gates apostou em um lançamento precoce que ocasionou o aparecimento das três luzes vermelhas que tanto assusta o consumidor, mas em compensação conseguiu um grande apoio de empresas terceirizadas. Halo como ontem é a grande aposta da Microsoft contra a Sony. E o Halo -Killer?


Pois é, em 2005 a Guerrilha cometeu uma gafe. A Sony estava fazendo uma demonstração de seus futuros títulos para Playstation 3, o console prometia ser o mais poderoso da nova geração, e para isso tinha que impressionar, e um dos vídeos impressionou, e adivinhem qual – o Halo-Killer, killzone 2. Com efeitos que deixaram até a minha avó careca de cabelo em pé. Mas é claro que rolou uma dúvida entre os profissionais de mídia que cobriam o evento – É CG ou em tempo real? Depois de muita polêmica , a empresa nessa E3 2007, nos presenteia com um vídeo novo, que não chega a ser aquela mentira de 2005, mas impressiona, mesmo com nariz quadrado. Confira o vídeo você e tome suas conclusões. Killzone 2 está previsto para 2008, e é exclusivo para Playstation 3.


Mass Effect

Mass Effect, é um RPG futurista sobre viagens espaciais, que promete aumentar a biblioteca de grandes titulos para o console da Microsoft. Fique ai com o trailer da E3 2007.

Lair

A E3 2007 chegou em um novo formato, menos gigante e atrativa, ainda é o cantinho preferido das grandes empresas de jogos eletrônicos. Bem! Deixando a enrolação de lado, vou dar destaque para um dos arrasa quarteirões que promete alavancar as vendas do PlayStation 3. Esse jogo é lair da Factor 5, mesma de Star Wars: Rogue Squadron para Nintendo 64 e Game Cube.

quarta-feira, 4 de julho de 2007


Um Novo Filme, uma nova decepção


Nunca fui um grande fã do Quarteto Fantástico, e como muitos torci o nariz com o anúncio de uma adaptação para o cinema. O longa foi feito e fiquei triste, pois aconteceu o que temia. O filme ficou muito ruim, mas não fica distante da trilogia dos X-Men, que muitos críticos adoraram, mas que é bem fraquinha. Voltando ao quarteto, me impressionei com o trailer em que o Tocha Humana persegue o Surfista Prateado, e mais ainda com a beleza de Jessica Alba.

Resolvi cruzar os dedos, pois parecia que agora ia dar certo, mas o longa foi feito e fiquei triste, pois aconteceu o que temia. Os roteiristas conseguiram se perder no caminho, o pior é que eles deixaram as migalhas de pão e não a encontraram mais. Sério dá vontade de rir em certos trechos do filme, num segundo você fica impressionado com o espetáculo visual, em outros a história fica confusa, mas o pior fica pro final, e esse prefiro nem mencionar.

O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado apresenta efeitos especiais maravilhosos, sua fotografia é digna da genialidade estadunidense, que também é especialista em marketing. O filme poderia ser salvo se os personagens fossem mais carismáticos, mas até mesmo nos quadrinhos eles não conseguem passar isso para o leitor, e se os produtores se preocupassem mais com o lado humano dos quatro fantástico - O Galactus não ficou legal. Existiu sim uma evolução em relação ao fraquissimo primeiro filme, isso não posso negar, aquele sim foi um lixo, ponto para os produtores, mas ainda assim precisa melhorar mais.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Divina caixa iluminada


O poder que a televisão tem sobre nossas vidas, é o mesmo poder, que a religião e a política têm, mas, que demoraram séculos para conseguir firmar-se como cultura de um povo. A caixa iluminada precisou de algumas décadas para chegar ao topo da alienação. Com ela a propaganda, o esporte e todos os outros antes dela, bateram na porta da sua casa, e é claro você convidou-os para um cafezinho.


Hoje não existe coisa melhor, que assistir a um jogo de futebol, num dia frio em sua casa. Rádio mesmo só pra ouvir música ou acompanhar as notícias no trânsito. Também tem as novelas e as séries de TV. Um brasileiro que é um brasileiro já deve ter visto alguma novela, embora elas apresentem um estereótipo utópico de uma realidade muitas vezes indiferente com a verdadeira face do país.


Os seriados são o fruto do imperialismo estadunidense, movimentam bilhões de dólares todos os anos. Diferente das novelas, a ficção ciêntifica toma parte, o modelo cultural também é utópico, os clichês das novelas estão aqui, mas mais arrogante, os recursos técnicos superam as mesmices latino-americanas. Porém o roteiro não aborda um número grande de personagens como nas novelas.


domingo, 22 de abril de 2007

O limbo como me contaram



Por José Nunes

Quando era pequeno me contavam histórias de um lugar frio, onde as crianças sem batismo eram jogadas, esse abismo, eles os mais velhos chamavam de limbo. Então deste mundo tão assustador, tirei meus monstros, minhas fantasias e os meus medos. O olhar que tinha sobre esse nada imitava a mesma vontade que tinha por ser um herói, mas a fantasia era tão curta, que eu não podia voar e nem mesmo sonhar, e sim apenas cair.


Neste lugar tinha um guardião, um corcel que mais parecia um flamingo, sua plumagem rodeava seu lindo corpo, mas por trás de sua alma havia uma espécie de manto tecido por fios de pele humana. O olhar dele era nocivo, suas patas queimavam o ar e seus dentes perfuravam o céu. A sentinela não era tão assustadora, mas sim o fato de estar sozinho naquele lugar vazio. Hoje, porém mais cético, percebo que fui manipulado a acreditar em algo que por muitas vezes me fez perguntar se era real.


Por uma questão religiosa o limbo era a pior solidão que uma alma encontraria, mas se pensarmos bem, as almas faziam parte deste lugar. O nada então não estaria vazio, os filhos dos hereges sofriam juntos, conheciam-se nas sombras, aprendiam desde pequenos a viver em uma área isolada. É certo dizer que mesmo vago que o pensamento fosse, um anagrama espiritual se expandiria e descobriria o amor, o sexo e até mesmo a guerra? O quanto grande seria esse mundo?


No mundo real as ações não são determinadas pela fantasia, o desejo é que molda e expande. A escuridão, dá vontade para o individuo construir barreiras de proteção. Mas o isolamento repentino dos bens sociais pode ser medido pelo número de quartos que você possui. As paredes estão vazias e não existe nenhuma alma, então porque pessoas constroem quartos se não existe gente para usar? O próprio fato de ser excluído de algo que você pertence, lê dá o juízo de que quanto maior for o número de salas e quartos, a estrutura funcional de uma sociedade se expandirá. Então porque os quartos não estão cheios?


Você torna seu espaço maior para não poder dividi-lo, mais constrói casas enormes, e divide seus cômodos vazios. Essa aspiração é limitada à fonte de sua ambição, o cunho da exposição é alocado na idéia de grande e melhor, pequeno pior. O limbo é o fruto da idéia de minúsculo, pois só pertencem aos filhos de hereges, e não atinge a dimensão do adulto, por parecer inocente. O céu e o inferno é uma noção maior, seus espaços são determinantes para o conforto da luz e da escuridão. O tijolo é posto no lugar certo, mas você sabe se você está no lugar certo. O limbo era uma imagem triste da solidão, é, portanto o reflexo de sua casa.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

O Frio e o calor

Por José Nunes

Entre esse rio de alegria vêm às margens da morte e da vida, são energias distintas, assim como o velho e o novo, o caos e a harmonia, a jovem prostituta e a jovem com virtudes. O conhecimento do carma que compreende cada energia do corpo não é apenas as imagens dos símbolos de fertilidade ou os pólos negativos e positivos do átomo. A ignorância por sua vez é um traço muito ligado a obscuridade da idéia do que mesmo da sombra platônica, a caverna que imita a alma ou o déjà vu de um passado preso ao inconsciente.

A divindade marca a idéia de felicidade indicando um paraíso, mas põe em dúvida a própria razão – o pensamento – e esse mito é outorgado como a salvação de um espírito que em desespero de fim de existência ou no próprio abismo da inexistência caminhou sempre na ignorância de sua própria razão. O homem por viver nessa solidão, não pode conter o apreço do desconhecido, e com a mesma razão amou a divindade e os fenômenos posteriores a ele.

O reflexo do rosto tornou a ignorância à razão, o fogo que cai do céu a manifestação de um poder não exercido pelo homem, mas a guerra, o sexo e a liberdade uma necessidade, um ponto em comum entre essa nova razão e a ignorância do pólo negativo e do pólo positivo. A humanidade mamava o leite que vinha das sombras, fecundava a raiz que ficava nas profundezas da mente e usurpava da divindade o seu conhecimento.

Portanto a razão é o bem e o mal, a condição inevitável de feio e belo, perfeito e imperfeito, o dogma que esconde e torna pública a ignorância. Essa é a resposta para o não saber? O conveniente não é o que essa razão significa ou impera. O conveniente sempre foi para o que vem depois dela, e o manto da casualidade é uma determinante do quão distante é a barreira que separa a janela do saber supremo, da razão abstrata da suposição e da teoria.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

O inútil, o gordo, o desagradavel

Inútil é uma palavra útil para designar um indivíduo que vive sobre um estado vegetativo. Esse indivíduo por razões misteriosas manifesta uma incapacidade de conviver em grupos, e geralmente sofre com o peso da inutilidade – pessoas propensas ao suicídio, ou a vícios, como o álcool, cigarros e as demais drogas ilícitas, ou seja, o termo inútil pode ser bem empregado, mas também pode ser determinado como uma palavra ofensiva.

Um exemplo típico de cidadão inútil pode ser visto no seriado americano os Simpsons. Homer é o típico pai preguiçoso que bebe cerveja no trabalho e tem relações de cinco minutos com a mulher. No final de semana repete a mesma coisa só que no sofá. Características assim podem ser aplicadas em pessoas que não conseguem um emprego, vivem enfrente a um computador escrevendo coisas inúteis, em sítios como o Orkut, e é claro, blogs.

Para determinar a razão de tanta inutilidade devemos voltar um pouco atrás, quando nossos ancestrais desenvolveram a prática de caçar. O líder por determinação da natureza é o mais velho, o jovem, o infante que deve ouvir sem falar, a mulher, bem... A mulher era apenas uma reprodutora, algo bastante comum, e nesse meio temos o inútil, o gordinho, o desagradável da turma, aquele que apenas assiste e nada faz, além é claro de coçar a bunda e peidar.

Nosso personagem principal está em uma rede, ele come uma maçã, duas, não três... Várias maçãs, e observa as lindas mulheres que não estão a caçar. O gorducho como se fosse o homem mais espetacular do mundo, coça o saco, boceja, e com um grande esforço desce da rede, levanta os ombros, dá um ultimo arroto... Olha a rede e pensa “porque não?”, mas os gritos femininos tiram essa vaga idéia.

As mulheres não tinham muita roupa, e o gordinho não estava mais com tanta preguiça, pena mesmo era a dificuldade de encontrar alguma genitália naquele monte de banha. O gordo logo se enturmou, fazia anedotas, ele era até engraçado, as mulheres avançadas, e um papo de inúteis, não existia casamento naquele tempo e a fidelidade sempre foi uma grande piada, mas até naquele tempo, um gordo era um gordo.

Presumivelmente essa história não é muito real, mas também muito diferente, hoje a situação de um país faz as pessoas inúteis. O campo social é a própria anedota, as mulheres não transam com inúteis assumidos, elas procuram o prazer da bela classe possante – carros. Elas agora caçam também, são donas de seus próprios possantes, e os homens vão se tornando inúteis, a velha forma se fez leprosa, mas o verdadeiro inútil se escondeu na imagem de muitos.

A velha história não é o passado, o estudante inteligente não é tão aloprado como nos filmes, o burro geralmente vira um astro do esporte, o que prova que não é tão burro assim. A verdadeira foto é aquela que todos vêem e que todos mexem. O inútil, o gordo, desagradável, bem, ele pode ser você, pode ser eu, pode ser qualquer um, afinal a palavra é falada como na música – cantada por todos.

sábado, 14 de abril de 2007

Medo

Por José Nunes


Uma flecha corta o corpo com um sorriso áspero, sua alma funde-se a ela. Você chama isso de amor e eu chamo de tolice. Segue em frente amando a tristeza, depois grita que não conhece o mundo, não é puro, mas como ladrão é mais digno.

Um brasileiro sabe como reconhecer sua miséria olhando para os seus pés e para mulher que o acompanha. Não são os dentes que faltam na boca ou mesmo o fato dela preferir ficar distante que perto de um cão vira-lata. É o fato de quanto medíocre você é a ponto de não poder dizer o quanto pensa nela.

A bela e a fera, você provavelmente é a bela já que a fera é a bela a ser conquistada. Tenho medo de dizer o que sinto, tenho medo da negação, tenho medo de não agüentar o não, e se receber um sim não saber o que fazer. Tenho medo de tudo um pouco, mas quem não tem, pois eu sou você e você sou eu.

Quero que entenda que se não amo é porque não conheci ainda esse sentimento, e que se odeio é porque ele não me é estranho. Não existe obrigação e sim uma condição que obriga a tal. Pode ser uma tolice me prover de tal sentimento, mais seria necessário que um sinal apagasse essa escuridão que esconde a sua alma de mim.

Por fim encerro essa lataria já oca e velha, a nova e linda ainda fria está pra vir, mas imprecisa num ramo de flores pálidas coberta de um sangue que seria divino, embora indiferente ao solitário caos desses seus olhos que me enlouquece de paixão.