sexta-feira, 27 de julho de 2007

As mãos de um assassino

A chuva reboa em movimentos ásperos sobre a matriz de uma escola. As raízes da filosofia são passadas em alto e bom som a uma sala de 40 alunos. Lá fora os passos desenfreados de pessoas fugindo da água. Os portões fechados não evitam os primeiros tiros. A gota que cai de uma pequena fenda mistura-se com o rastro de sangue no chão. Um garoto coloca a ponta de um rifle em sua boca, o disparo certeiro derruba o último corpo de um massacre.

Embora essa história seja fictícia, ela já aconteceu algumas vezes, em outro cenário e com pessoas diferentes. No dia 16 de Abril de 2007, o jovem sul-coreano, Cho Seung-Hui, entrou na Universidade de Virginia Tech, nos Estados Unidos, atirando contra seus colegas e matando 32 pessoas. Em depoimento em um vídeo gravado, o estudante acusava a sociedade pelos seus atos.

Cho aparentava apresentar um sintoma psicótico, ou transtorno de personalidade anti-social. O indivíduo que sofre de sintomas psicopatológicos, demonstra desprezo por normas sociais e é indiferente aos direitos e sentimentos de outros indivíduos. A psicopatia é um problema mental mais grave. O sujeito psicopata se mantém a par da realidade, mas carece de superego que imprima vontades contrárias ao seu subconsciente. Isso o torna suscetível a cometer crimes de extrema crueldade.

O psicopata pode apresentar estímulos prazerosos para cometer assassinatos em séries. Geralmente ele é uma pessoa comum inteligente, mas não possui sentimentos afetuosos, condensa a vítima a mutilações e humilhações as vezes decorrida de estupro. O criminoso segue um padrão comum em seus assassinatos - um tipo de jogo para alimentar sua fantasia e crueldade, podendo dar muito trabalho para ser localizado pela polícia já que muitas vezes é cuidadoso em cada ação de seu crime.

Mas o que leva um individuo a sentir total desgosto para com a vida alheia? Qual seria o real significado em ver o sofrimento e de subjugar um outro semelhante? Provavelmente o ser humano sente em seu longo plano de existência uma necessidade de matar. Conte-se pelo insano número de vitimas na II Guerra mundial e em outros conflitos históricos. Não é necessário ser perturbado para cometer tais crimes, embora a ciência sempre coloca a loucura abandonado qualquer chance de sanidade no indivíduo aceito de crimes cruéis.

É evidente que qualquer situação adversa com a realidade de um indivíduo considerado normal, é vista como um anormalidade diante da sociedade. O que prova que podemos ser ignorantes num meio, e inteligentes em outro meio. Esse artigo não ofende a categoria médica, que não se prende a questões dogmáticas, na realidade sempre busca resposta para o desequilíbrio emocional e certas perturbações da realidade humana. Mas será que uma enfermidade por mais grave que seja justifica um crime, aponto do sujeito ser considerado sem total responsabilidade de seus atos, portanto de responsabilidade psiquiátrica não sujeita a pena movida por lei para prisioneiro normais?



O material de estudo pode ser pesquisado nos livros: ‘Borderline’ de Mauro Hegenberg (português), Borderline and Beyond de Laura, Paxton, e Handbook of Psychopathy de Christopher J. Patrick (ambos em inglês), ou no sitio da Wikipédia.

Louco mistério

A fantasia carnal move um homem para a beira de um precipício. A mente se mostra inconstante, ela segue seu próprio conceito. O superego é o controle do cérebro humano que mantém estável o inconsciente e o desejo muitas vezes mórbido. Essa teoria desenvolvida por Freud, médico neurologista, principal criador da psicanálise, tenta descrever o estado de puro descontrole humano.

O assassino serial como comentado no título acima, é um dos vários indivíduos com problemas mentais que atingem o consciente e o inconsciente, o diagnostico na maioria dos casos ‘ é insanidade’. Durante anos a loucura foi tratada com terapia de choque. Os Médicos buscavam com isso afetar o cérebro para diminuir o estado do paciente.

Nos dias de hoje com o advento tecnológico, os cientistas descobriram que o cérebro é muito mais complicado, que qualquer outra parte do corpo humano, porém houve avanços importantes no pensamento científico. O juízo humano se encontra entre os mistérios da existência: Quando falamos em perda de sanidade, relatamos um descontrole, esse pode ser emocional ou característico de um mau desenvolvimento do cérebro. Na verdade a causa, por muitas vezes é teórica. A mente é um derivado de Deus, e por isso um mistério.



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