Em uma noite ela falou o meu nome. Tinha tanta coisa que nem me passou onde estávamos: ainda com certo sono a interrompi com um sopro na orelha. Ela sorriu e me beijou.
Dancei com ela até musica acabar. Finalmente cansado me pus a tocá-la, comecei gentilmente a acariciar seu rosto – realmente era muito linda, tinha um pouco de sardas na região do nariz, tinha um gracioso sinal entre o acervo dos lábios e o queixo. Aquilo me deixava louco – tudo isso pra mim – pensava em constante excitação.
A música recomeça, mas a impeço de partir – encosto meus lábios e de encontro ao dela lhe roubo um delicioso beijo. O sonho termina quando o instante terno calor da sala empoeira-se no meio de nada. Onde está a linda jovem que acalentava a minha presença? Não estava mais. Nada estava: por um instante me dei conta de que estava encima de jornais. Velozmente peguei o que pisava e na primeira página do diário vi um rosto que refletia no chão encerado com os seguintes dizeres, “Encontrado corpo de jovem casal em casarão abandonado”.
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