quinta-feira, 19 de abril de 2007

O Frio e o calor

Por José Nunes

Entre esse rio de alegria vêm às margens da morte e da vida, são energias distintas, assim como o velho e o novo, o caos e a harmonia, a jovem prostituta e a jovem com virtudes. O conhecimento do carma que compreende cada energia do corpo não é apenas as imagens dos símbolos de fertilidade ou os pólos negativos e positivos do átomo. A ignorância por sua vez é um traço muito ligado a obscuridade da idéia do que mesmo da sombra platônica, a caverna que imita a alma ou o déjà vu de um passado preso ao inconsciente.

A divindade marca a idéia de felicidade indicando um paraíso, mas põe em dúvida a própria razão – o pensamento – e esse mito é outorgado como a salvação de um espírito que em desespero de fim de existência ou no próprio abismo da inexistência caminhou sempre na ignorância de sua própria razão. O homem por viver nessa solidão, não pode conter o apreço do desconhecido, e com a mesma razão amou a divindade e os fenômenos posteriores a ele.

O reflexo do rosto tornou a ignorância à razão, o fogo que cai do céu a manifestação de um poder não exercido pelo homem, mas a guerra, o sexo e a liberdade uma necessidade, um ponto em comum entre essa nova razão e a ignorância do pólo negativo e do pólo positivo. A humanidade mamava o leite que vinha das sombras, fecundava a raiz que ficava nas profundezas da mente e usurpava da divindade o seu conhecimento.

Portanto a razão é o bem e o mal, a condição inevitável de feio e belo, perfeito e imperfeito, o dogma que esconde e torna pública a ignorância. Essa é a resposta para o não saber? O conveniente não é o que essa razão significa ou impera. O conveniente sempre foi para o que vem depois dela, e o manto da casualidade é uma determinante do quão distante é a barreira que separa a janela do saber supremo, da razão abstrata da suposição e da teoria.

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