por: José Nunes (Braskinm)
Quando morremos não sentimos paz, não sentimos medo, dor ou saudade.
Quando morremos nem a escuridão vemos, não respiramo o aroma dos campos, não nos drogamos com a alegria de nossos filhos.
Quando morremos não provamos a sensação do desejo, não nos subordinamos ao amor, ou mesmo, tendo em vista o calor do afeto.
Quando morremos nem o gosto frio da terra, que nos cobriram sentimos, nem o leito pútrido ao lado encarniçado de odor, nem o doce perfume de nossas esposas e esposos sentimos.
Quando morremos pouco contamos, pouco sabemos, pouco acreditamos, pouco choramos palavras dogmáticas extraídas de um livro.
Quando morremos somos a dor, o frio, o alento, alivio e o flagelo de quem nos ama sem ser amado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário