Por: José Nunes (Braskinm)
Aquele que comanda o rumo da escrita comanda o céu e o inferno. Adorante o antigo livro da criação o povo desfez sua ignorância aos mistérios do universo e do próprio corpo. Rompeu o pavio cerrado entre o dote dado pelos deuses, e descrente de tanta razão tomou para si o saber divino.
O homem trotou a si com desconfiança, e brandiu de armas o ceifador de vidas. Com tudo isso não é palpável de ignorância, já que a guerra é um caminho intuitivo para sua própria evolução. Veja o caso remoto de impérios que se foram, mas em seus dias de glórias criaram virtudes técnicas, que fazem deles um relato histórico. As suas armas, arquiteturas antigas de ambição e de feitos depravados.
Navios foram alçados sobre um solo antes dos peixes e mais de uma vez chamando o nome de Ares e invocando a percepção de Hades. A guerra tornou-se o único caminho digno que o homem seguiu. A própria escrita por mais adiantada que foste, e por mais importante não conseguiu adentrar-se no meio das batalhas como um remédio, por contrário, serviu mais como uma arma doente disseminadora.
No ventre vertiginoso da razão o soldado é visto como uma ferramenta do caos, mas o caos é uma ferramenta do soldado. O estupro e o fetiche brutal são um paradoxo com a paz. Como não lutar e ainda assim ser humano? Como esquecer um filme onde a ação está nos corpos e nas fagulhas que só Deus poderia criar? São questões tão estranhas, mas objetos de um desejo natural, que não pode ser contido.
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